Miss Brasil 2015: Amanda Balbino - Miss Distrito Federal 2015 - adequa-se ao padrão de beleza do concurso?
Com a divulgação das fotos oficiais das candidatas ao título de Miss Brasil 2015 pelo site do certame, pude notar a mudança dos cabelos da Miss Distrito Federal 2015 - Amanda Balbino.
A bela chegou a São Paulo com os cabelos cacheados, já um pouco diferente de quando foi eleita meses atrás. Foi super elogiada pela "cintura finíssima" e "beleza exótica", segundo alguns comentários nos grupos de discussão no Facebook. Acho inconcebível classificarem a beleza de Amanda como "exótica", já que ela representa apenas um biotipo dentre os vários que integram a miscigenada sociedade brasileira, assim como as louras, castanhas e morenas que também lá estão.
Sendo a única negra ou mulata (já que eu não sei como ela se enxerga) do certame, fica evidente que houve a intenção de "adequar" a beleza da candidata ao padrão de beleza que o certame sempre valorizou em sua história de mais de 60 anos.
Não acredito que a candidata tenha sido obrigada formalmente a tal mudança, mas sim que o próprio contexto em que se encontra a tenha influenciado a tomar tal atitude.
Quero deixar claro que acredito que a miss tem o direito de fazer o penteado ou usar a cor que quiser nos cabelos, mas, em se tratando do Miss Brasil, esse direito vem camuflado por uma exigência de um padrão em que a beleza negra ou mulata não é e nunca foi valorizada (e eleição de Deise Nunes em 1986 fez parte de um contexto específico).
Muitos nos grupos elogiaram essa "mudança" e alguns acham que Amanda Balbino perdeu sua "identidade" dentro do concurso.
Eu gostaria de vê-lá no dia 18 de novembro como se sentir melhor, de cabelos cacheados ou lisos, mas acima de tudo feliz e orgulhosa de representar seu estado e um dos tipos de beleza da mulher brasileira, para qual o adjetivo exótico não se enquadra.
Amanda Balbino quando eleita Miss DF 2015 |
Chegada em São Paulo |
Foto oficial |
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